quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Trem que Parte (Partindo)


E o trem partiu... seguiu rumo àquela estação distante levando o que tinha de mais importante em minha bagagem: Meu coração.

A temperatura da febre aumentou e dos olhos brilhantes correu uma lágrima de saudade que foi acolhida pelo dedo indicador da mão direita, cortando seu fluxo. Abstinência de uma razão incontida e recheada de incompreensão de histórias distintas... de pensamentos e conclusões precipitadas de sofrer por antecipação... De comemorar a chegada sem ao menos tê-la iniciado.

A ansiedade gela meus calcanhares brilhando pelo belo sorriso que não me encontra nessas noites frias e de garoa fina. Não tem abraço acolhedor e nem posso tê-lo. Não existe colo e não posso tê-lo. Simplesmente não posso tê-lo.

Dizem que para um bom entendedor meia palavra bastaria. Talvez para mim, um bom amador, acredito que sentimentos e palavras caminham juntos e trazem resultados satisfatórios, concluindo assim histórias com sorrisos ou com alfinetes enterrados na pele branca... a escolha é de cada um responsável...

Xi, são 10h34 e faltou paciência na espera. Ou teria sido saudade? Ou limitação? Ou nada disso!
Permaneço em silêncio, de dedos cruzados, torcendo por um novo encontro. Estou chateado... esperei tanto pra você ficar tão pouco pela segunda vez, poxa vida!

O trem acabou de virar a curva... Apenas vejo fumaça por cima das árvores lá longe...

Nenhum comentário: