domingo, 25 de outubro de 2009

O Poema do Coração


Abro o álbum de fotos
aquele empoeirado que a muito tempo não abria
Dou de cara com nossa imagem, lado a lado naquele dia
onde o tempo não era um problema
apenas a coragem e a cara de pau bastavam
e os corações pulsavam no mesmo tom pedindo por mais

Não sei porque ainda te tenho na cabeça
aliás... isso ainda muito me surpreende
falo, penso, registro, revivo...
problema...incógnita
some, ressurge, fala sobre tudo
até sobre o que meu instinto não quer saber

sabe da importância de não se saber nada
da ineficácia de programar as coisas
de abrir sentimentos obscuros
de falar meu nome em silêncio

tentei de dar toda a riqueza de uma vida
o meu amor, como Isabella já dizia
mas não era suficiente, e assim foi
gritando pelas ruas vazias eu segui
com lágrimas nos olhos e rosto coberto pela garoa

Queria poder reduzir as batidas do meu coração
ter todo o controle que antes era simples de assumir
controlar minhas visitas a meus pensamentos
recusar devaneios
replicar as histórias com negativismo

Um dia, haverei de fazer isto
com a força de um instinto sem sensura
colocando em prática toda a esperança de um sentido
segurando as mãos de um anjo a minha altura

Um comentário:

Jamille Lobato disse...

"Não sei porque ainda te tenho na cabeça
aliás... isso ainda muito me surpreende"

Nem eu sei amor... Mas me diz, como controlar essas borboletas e esse mar em fúria quando "aquele" nome vem em mente?

Amo-te