Retalhos...

Em exposição... sob observação constante do público que passa pela calçada dessa rua movimentada cá estou...

Cães observam vorazmente.
Já as pessoas desejam: as mais poderosas querem por inteiro, outras pela metade. Algumas tem a ousadia de pedir minha melhor parte e outras apenas se contentam com o que sobrar... seria assim que o mundo real funciona ou tenho apenas uma visão sistêmica de um mundo concreto e inestimado que contempla uma visão esquizo-paranóide de se viver?

Entre a condição escolher ou se deixar escolher, não sei dizer qual seria a melhor opção. Ostento que seja uma boa escolha envolvendo sentidos permissíveis ao coração e adaptáveis as circunstâncias, permitindo vislumbrar o alambrado de flores que ilustra o caminho para torná-lo mais belo e a jornada menos tensa. Seguro com força a corda que prende os instintos brigando contraponto de ilusões e fantasmas que assombram a ladeira escurecida.

Felicidade tem inversão proporcional ao conhecimento... sussuro que ecoa sinais telepáticos e atua fortemente na realização de expectativas liberando adrenalina, stress, tensão, pensamentos... e deles a caixinha de música conduz uma dança frenética de carícias as quais eu gostaria de nunca mais parar de dançar...

Observar...
Ser observado...
Fugir e ser pego...
Apego...

E como já disposto nas ruas de outono e agora nesta sala vazia, sob os olhares de uma constante e invariável forma de se pensar...