Decisões...

Nuvem que aproxima e traz a angústia de sentimentos, levando-nos a repensar em processos e redefinir papéis visando sucesso primordial dentre as partes envolvidas... Surgem as decisões...

Ao cair da noite, algo que até então não era premeditado conduz ao parque escuro o mago que andara sem sua bolsa de feitiços... Coração aberto e desarmado é atacado com incertezas e dúvidas de um silêncio absoluto. A tentativa de argumentação foi frustrada e então a maturidade de uma vida faz com que a inerência do momento resplandeça em uma decisão...

Egoísmo? Não creio que pensar um pouco em si e em seus próprios sentimentos sobre a definição de papéis seja algo inapropriado... Pensamentos fluem enquanto a chuva forte é retida por destrás dos olhos fortes do mago poderoso... ahh se vocês soubessem... A face engrossa juntamente com a postura séria e ríspida, dando a impressão de que tudo aquilo havera roteiro antes pensado...

Nossas vidas são cheias de decisões e por incrível que pareça, sempre temos que abrir mão de algumas coisas para conquistar outras, arriscando e ousando de sentidos e colocando-nos à prova em quaisquer aspectos de resistência emocional, física e psíquica.

Essa semana tomei uma decisão para meu eu, no qual o ditado do "antes tarde do que mais tarde" chega a valer e preserva aquele sentido especial o qual comentei a vocês outro dia... Não decidi por mim, porém é importante enxergar o outro (aulas de psicologia) e acho que cumpri bem meu papel com maturidade, senso se justiça, objetividade e medo...

A dor persegue meus passos e a saudade involuntária refresca minha memória a todas as manhãs as quais faltam o cheiro do teu perfume no lençol azul...

Medo...

Algo que paralisa... que tira qualquer estrutura mas que ao mesmo tempo instiga a viver e a lutar... correr atrás por algo a princípio não adequado às circunstâncias...

Acerca de mundos é o sentimento que percorre entrelaçando indivíduos vivos, porém está na lista dos piores sentimentos, uma vez que ele desencoraja, desanima, dói e machuca... Quem nunca sentiu medo? Pergunta hipócrita pois todos um dia sentiram, sentem e tendem a sentir, pois assim é o fluxo natural de uma vida...

Medo de agir, de lutar, de sentir, de amar, de ser... inúmeras são as nomenclaturas, contudo, há suas particularidades e peculiaridades que resumem a situação ao capítulo do livro que cada indivíduo lê em sua pernoite de ilusão.

O coração frágil começa a sentir medo e os sentidos começam a tremer na ponte de madeira que bamboleia por entre os ventos fortes... tento agarrar com força as extremidades na expectativa de não me deixar cair sob a angústia da tormenta, tampouco sofrer consequências de algo que some sem sentido...

Tempestade em copo d'água, temporal sem chuva que bate sob minha janela apagando a lareira acesa e esfriando todo o quarto vazio... E como por imediado volta a escuridão que sussurra que eu volte a tatear as paredes em busca de respostas... Tristeza...

Por hoje a lágrima escorre pelo medo... simples sensação de pensar no que possa estar acontecendo e tentando localizar por falhas, transitando assim entre questões e respostas indefinidas pelo verbal...

Medo de lutar? Jamais... pelo que vale a pena sempre é importante e minha ousadia não me calará diante disto... Honrarei com fé a força a mim confiada por mim mesmo...

Penso: Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo...

Lua Cheia

Lua que brilha no céu escuro... aquela que tenho procurado durante tanto tempo e agora apareceu na janela sob meu ângulo de visão... Eis que lhe contemplo com meu sorriso sensato e olhar instigante cheio de pedidos e desejos de positividade em nossas vidas...

Olhando para o céu estrelado na noite em que a neblina fora afastada pelos fortes ventos do oeste que finalmente fizeram a vez, o coração que pulsa como nunca a visão de expectativas de um resplandescer feliz. Sentimentos bons e sentidos não antes ressaltados, venham a tona pois agora é o momento.

Calendário torna-se um aliado ajudando na passagem do tempo e a ampulheta continua a deixar correr as areias rumo a liberdade... Ah... essa que tanto teima em fazer as cobranças de taxas difíceis. Pago-as com minha ousadia inestimável e um jogo de cintura, enfeitiçando olhares permamentes da povoação daquele vilarejo por entre as colinas.

Abraçado pelo manto quente e acolhedor não sinto mais medo nem frio... manto o qual me protege não só do vento, mas de todo o mal que possa me atingir... Estar protegido, apoiado, acolhido, amparado... sobretudo amado...

A cada dia os momentos tem se tornado memórias inesquecíveis do conto do livro, e a pedra de gelo, finalmente, tem seu feitiço quebrado perante a lua que reina fora deste quarto vazio...

Vazio? Acho que não mais...

"A ausência diminui paixões medíocres e aumenta as grandes, assim como o vento apaga as velas mas atiça as fogueiras"

Essência da Roseira (Tz)

Hoje é um dia especial...

Não se trata de data comemorativa específica nem nada, mas dia em que resolvo trazer a tona um presente... uma homenagem a uma menina/mulher a qual compõe minha vida de forma implícita e forte, sem a qual não teria aprendido, vivenciado e adquirido tantas coisas... Simpatia em forma de gente, alegria de viver... lembranças! Heis o que sua presença e ausência me remetem a todo tempo... saudades...

Jornada que se inicia em 88, data em que aquele choro infernal surge dentro de casa e não me deixava dormir... ah meu Deus, em plenos quatro anos de idade eu já não conseguia dormir direito...rs...

Uma luz iluminou nossas vidas e por mais que eu não entendesse tudo, iluminou a mim... A neném que um dia segurei no colo é a mulher que (ainda senta no meu colo), mas que na maior parte do tempo está ao meu lado... Além de amiga, por consequência genética já estava pré determinada a estar próxima de mim, não tivemos escolha...

Sentimento recíproco, é o ombro no qual derramo lágrimas, colo que acolhe, mesmo quando não sabe o que dizer é a razão a qual recorro a ti compartilhando meus segredos, angústias, sorrisos e gargalhadas... até quando não se pode rir (como naquele dia no meio da missa, que entrou o "verruga"..rsrsrs)

Lembranças... tantas coisas vêm a mente...

Inclusive aquele grito de "Vóóóóóó... olha ele!"... que ódio que me dava... e lá vinha a coroa com a vassoura na mão e tóin na minha cabeça... você começava a rir e levava uma vassourada também, ainda com a frase "tá rindo de quê ô cigana?"

Claro que muitas brigas compõem o quadro, além de sapatadas na cabeça (aquele dia foi fogo, quase que eu te arrebento...rs)... os dias de "supeeeer ponteeee" e "supeeeeer colaaaa" e quando eu tentava (e conseguia) deixar você irritada com meus argumentos de "você vai ficar colada"... "iii.. você caiu"... "ahh, não caí não"... "ô Vóóóó..." e só hoje conseguimos perceber... o que tem a ver "super ponte" e "super cola" me diz?!rs

Correndo no jardim procurando a "Dona Boazinha" e toda vez que você chegava na árvore antes de mim eu gritava "ela mudou"... e você com aquela carinha de choro "que ódio"...rs
O "machado sussurraaanteeee".... que porra é essa?hahahaha

Tinha também aquelas vezes que corríamos, um de cada canto do corredor com os braços esticados e páááá, batíamos as mãos com mó força...rs... acredito que o intuito era selar para sempre nossos caminhos, e olha, acho que funcionou!rs

Os escritórios...hahahaha... Kátia e Maurício eram nossos personagens... adorávamos fazer assinaturas.. falando nisso, lembra aquela da Kátia???hahahahaha
Os telefones, abrir e fechar portas, mesas pra lá e pra cá... passávamos horas para ajeitar o escritório, e quando finalmente acabávamos, estávamos tão cansados que desistíamos de brincar... Pensando bem hoje, era escritório do que?rs... Nós marcávamos consultas, daí não fazíamos mais nada.... pensa?!?!

Ah, mas teve um dia que descobrimos um gravador, aquele preto com alça, em que era tarefa arrumar as fitas e mãos a obra... nossa rádio "Berequecê" com o jingle:

"Berequecê, berequecêê... berequecê, berequecêê... Qui ku seis qué, qui ku seis quéé... Qui ku seis qué, qui kuu seis quééé"

Colocando os ouvintes para falar ao vivo e perdir suas músicas... inclusive aquela "kêitâstis"..rsrs

Toda vez que estava acabando de gravar a música, minha mãe entrava no quarto e falava com a gente, ficando a voz dela no fundo da gravação!...rs

E tentando imitar aqueles programas de "adivinha o que é", colocando objetos em uma bacia e vendando os olhos do outro... até agora não lembro como você adivinhou que aquilo era um ovo...hahahaha... e "toff" soquei seu pé em cima...rsrs

Dedurar os outros era com ela mesma... adorava uma intriga com a Dona Lourdes... mas nem sempre dava certo...

"Vou contar"

"Conta"
"Ô Vó... o Gabriel tá fazendo vírgula na parede"

"Então pega já um pano e vai limpar!"

"Ah vó... eu?!..."

"Vai logo cigana!"

hahaha...

Ahh, eu judiava sim, confesso, mas ela nunca deixou por menos... meu tamanho nunca a afugentou... ela ficava brava e partia pra cima... até tacando bolinha de barro na minha cabeça e aquela brincadeira idiota de "pau melado"... credo!rsrs

A menina foi crescendo e eu acompanhei de perto cada mudança... menina desajeitada, que até depois de grande não perdeu o posto de "jeitosinha", que nunca escutava o que a gente falava, né Iza?

"Juliana, cuidado com a porta!"
"Tá bom mãe" e abre a porta de uma vez, quase jogando uma estudante viaduto abaixo...rs

"Juliana, pede desculpa!"
"Hahahahahahaha" (e a moça que levou a portada com muita raiva - muita mesmo, afinal)

Momentos engraçados são os que mais marcaram e assim poderia divagar por muitos deles... Como também não poderia deixar de citar aqueles marcantes e sérios, os de apoio, confissões, incertezas, desabafos...

Sangue do meu sangue, minha maior satisfação em tê-la ao meu lado durante esses 21 anos, e que se delongarão por muitos e muitos ainda! Minha amiga, prima, irmã... Linda linda, Tz, Ju, Jujoka, ou seja lá como for... só tenho a dizer, além de obrigado:

Eu Te Amo... (sempre)

Estigmas do Mistério...

Vento da manhã que hoje me desperta às 08:40... em situações comuns isto se torna exceção fazendo com que os olhos abram, o sorriso e o desejo pela vida apareçam... Os planos e o desejo de pensar em conhecer o novo é algo predominante, porém o relógio não consegue auxiliar, deixando que a intuição faça as escolhas daquilo que não há como escolher...

Semana difícil em que um vendaval afastou dois sorrisos do dia a dia. No ambiente onde se ganha o pão, quinze pessoas pararam para observar o medo que passava por entre os corredores com sua foice afiada, pronto para nos cortar cabeças pelo equivoco irrevogável cometido... e assim se fez... O silêncio me tomou por todo o momento em que aquela nuvem ficou sob nossas cabeças. Contudo, os anjos deixaram o presente com um cartão escrito "friend", o qual disperta alegrias, sorrisos e positividades que me impulsionam a seguir em frente...

Rodeado de pessoas ainda me sinto caminhando sozinho no espaço escuro... andando por entre os quartos, abrindo portas e conhecendo sentidos... permanecer por elas, entrar, abrir ou fechar as portas... Como em uma peça de teatro na qual personagens mudos expressam seus sentidos... Chaplin aparece em um dos quartos e caminha de um lado para o outro com um sorriso misterioso na face, deixando com que a intuição flua instigando-me a decifrar este enigma com minha habilidade, ou pior, com a falta dela... E no momento em que abro a porta, sinto seu olhar a me fitar e balões de expectativas são criados por meio de uma simpatia cativante e instigante, proporcionando assim o desfecho de duas noites que, mesmo sob o cansaço do dia, não deixou de dar a atenção ao mago que surgiu pelo meio daquela sala... Momentos esses em que a troca tem despertado lembranças de um tempo importante, como se houvesse uma segunda chance... uma luz para seguir sentindo novamente a incerteza de compartilhar do momento do hoje, na tentativa de resgatar o amanhã e o depois de amanhã... deixar acontecer...

"É uma troca!"... frase célebre de um dos sorrisos os quais lhes falei acima e que ficará marcada em meus pensamentos... Tem razão riquezinha (rs), é uma troca, e a cada momento em que se manifesta traz alegria aos sentidos e compensação para nossas vidas, em tudo! Sinto sua falta no dia a dia... sua beleza, carisma, sorrisos e simpatia faziam e fazem toda a diferença!

Tanta correria, visitas, permanências e até ausências... a Fênix e o Pavão deixaram de entrar em conflito e adormecem por um período no qual não são visados... abrindo minhas mãos, surge a fumaça do suspense do que virá, do que me aguarda trazendo frio na barriga, ansiedade e sintomas somáticos para o corpo que não cansa de ousar frente ao estigma de uma vida que prevalece diante do passar dos dias...

Aquela Ponte...

Estou do lado da ponte, o lado em que escolhi estar, contudo, não contente com isto, continuo a observar o lado oposto, o qual ainda me conforta ser comum e aceitável visto ao mundo existente. A indecisão permanece, pelo menos aos olhos alheios, porém meus passos caminham para o lado no qual o vento não bate...

A presão torna-se cada vez maior e tentando não me afugentar nem fugir, abro meus braços e entrego os sentidos... quero ser bravo, forte e sensato a encarar o caminho pelo qual a opção para seguir será definitiva e concreta... mas sinto a forte dor, como se a cada instante meus pulmões fossem fortemente pressionados, tirando-me todo o ar que me resta... cada passo dado tem sido difícil e dolorido...

O ninho anda vazio e continuo a sentir a solidão acompanhando os passos de cada dia. As pessoas de confiança andam armadas com poções e feitiços por mim entregues no passado, utilizando-se disto, mesmo que inconscientemente, contra mim. Cada parte do espelho tem sido quebrada e não reconstituída deixando marcas permanentes nas páginas dessa história...

Questões, dúvidas, arrependimentos e carência tem me perseguido nesse caminho escuro, assombrando meus sentidos com suas armaduras fortes... sinto-me frágil, quebrável, atingível e por mais uma vez derramo as lágrimas de nankim que tingem meus olhos com suas gotas fortes e marcantes.

Ao contrário do que pensam estou no caminho correto e sei o que quero, porém não dou o direito de definição das coisas em meu nome, sendo categórico ao dizer: Chega! Eu escolho, eu desejo e cumpro, nem que seja sozinho. Quero sair feliz dessa história... é um direito meu!

Continua o momento de renascimento e ter de assumir a condição de Fênix novamente está me tornando mais maduro, porém mais machucado. As chagas estão aumentando e ressaltando marcas fortes, como os pregos que um dia foram batidos e retirados da cerca branca do jardim de roseiras...

A ponte está pensa e frágil e só terei a chance de atravessá-la uma vez... e a cada passo dado ela começará a se desfazer impossibilitando o regresso... foi dada a largada... Largo agora as mãos de todos que um dia me seguraram... estou sozinho na ponte, sob a neblina e o assovio do vento...

Estou com medo!

Força... você consegue!

Saudades...

Por minutos, pensei em vários outros títulos para esta postagem, contudo não o encontrei... Eis o sentimento que aflige meu coraçãozinho cercado de arame farpado para uma fútil proteção de sabe-se lá o que...

Foi embora, levando consigo um pedaço de mim... a sementinha que um dia fora plantada em tempos nos quais o relógio não há de pontuar nunca mais... Sentidos, sorrisos, sentimentos, palavras e sobretudo carinho... Porém, não deixei pendências: tudo foi cumprido da forma mais clara e conciza, a qual me tirou do eixo e colocou minha vida para girar... definitivamente...

Paro e penso: como as coisas andam passageiras ultimamente!?! Tudo tem sido tão agradável e temporário, como se os prazos de validade sempre estivessem próximos a vencer... produtos perecíveis como diz uma amiga... Não gosto dessa instabilidade... aliás, ser fênix é legal às vezes, mas ter de renascer todos os dias têm se tornado tarefa difícil para o ser imortal que reside dentro dos sentidos perdidos...

Entradas, saídas, orientações desorientadas, sinais irreconhecíveis e pouco entendíveis... a cada sentido que passa percebo-me tateando a vida como um livro em braille em que minha experimentação torna-se saciada por gotas, cada uma com seu sabor...

Saudade é a palavra...
Saudade de quem um dia eu fui e que evoluiu com o passar do tempo, saudade das inocências perdidas, das risadas desenfreadas e proibidas, dos segredos confidencializados, das vozes ocultas, dos pensamentos puros... saudade de amar você, de ter você ao meu lado, extraindo cada sorriso da minha face pálida que tende à melancolia... Saudade das risadas, de você me calando com um beijo seu e com aquele sorriso maroto que só você sabe fazer... do teu olhar me desejando sob a luz da escuridão, bem como teus braços que envolvem meu corpo instigando a proteção... Meu telefone tocando e do outro lado ser você, com nosso final de semana programado quase que 100%, esperando apenas a concordância, e mesmo que eu discorde, você olha pra mim e fala "Ok, nós vamos!"...rs

Volto para meu travesseiro, e, encolhido em minha cama, suspiro cansado e pensativo aguardando o próximo dia que não demora a vir!

"Todo mundo precisa acreditar em alguma coisa..." (B.E.T.A.)